Sindicato pedia 11% de reposição salarial e maior valor no auxílio alimentação; única oposição na Câmara foi do vereador Ju da Padaria
A Câmara Municipal de Vereadores aprovou, por maioria,
o projeto de lei enviado pelo Poder Executivo que concede reajuste de 4% aos
servidores efetivos da Prefeitura. A decisão gerou forte insatisfação entre os
trabalhadores, especialmente por contrariar a expectativa do Sindicato dos
Servidores Públicos Efetivos, que negociava um aumento de 11% com base na
inflação acumulada e na equiparação com outros municípios da região.
Segundo o presidente do Sindicato, Felipe Pereira, a
entidade, que representa cerca de 250 dos 480 servidores efetivos da
administração municipal, estava em diálogo com o Executivo e não esperava que o
projeto fosse votado tão rapidamente nesse formato. “Nossa expectativa era seguir
negociando. Pedimos aos vereadores que não votassem, justamente para ter tempo
de avançar nas tratativas. Infelizmente, só um vereador se posicionou contra”,
afirmou, referindo-se ao parlamentar Ju da Padaria, que atendeu ao pedido.
Além do reajuste salarial, o projeto aprovado também
definiu o valor do auxílio-alimentação em R$ 30 por dia, enquanto a categoria
reivindicava R$ 40. De acordo com o Sindicato, a proposta foi encaminhada ao
Legislativo de forma repentina e sem ampla divulgação, o que impediu um debate
mais amplo com a categoria e seus representantes.
“A
insatisfação é geral entre os servidores. É um retrocesso quando a Câmara
ignora a voz da base e aprova um índice abaixo do esperado, em meio a uma
negociação em andamento”, lamentou outro servidor
questionado sobre o assunto.
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