Apesar de Jorginho Mello (PL) aparecer como líder consolidado nas principais pesquisas divulgadas até o momento, como a Neokemp, que aponta o governador com 41,8% das intenções de voto no cenário estimulado, aliados do próprio governo admitem que o cenário pode mudar caso a disputa vá para o segundo turno.

 

Na mesma pesquisa, João Rodrigues (PSD) surge como principal adversário, com 24%, porcentagem ainda distante, mas suficiente para manter o PSD competitivo. E é justamente essa combinação, liderança confortável no primeiro turno e risco no segundo, que tem gerado comparações com a emblemática eleição de 2002.

 

Naquele ano, Esperidião Amin (PP) liderava todas as pesquisas e era visto como favorito absoluto. Do outro lado, Luiz Henrique da Silveira (MDB) aparecia bem atrás, mas repetia a frase que se tornaria célebre na política catarinense:

“Lá no segundo turno eu resolvo”

 

A estratégia funcionou. Amin não conseguiu liquidar no primeiro turno e, ao avançar para a segunda rodada, Luiz Henrique cresceu, consolidou alianças e terminou vencedor, em uma virada considerada histórica em Santa Catarina.